terça-feira, 29 de novembro de 2011

Em 10 anos, número de jovens gays do sexo masculino com aids cresce 60%.

O número de jovens homossexuais masculinos com aids aumentou 60% em uma década, informa o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.
Em 2010 foram confirmadas 514 infecções entre gays de 15 a 24 anos, equivalente a 26,9% dos casos nessa faixa etária. Em 2000, haviam sido notificados 321 pacientes com o vírus. Entre jovens heterossexuais, a tendência é inversa: em 2000, eles respondiam por 29,8% dos casos confirmados da doença enquanto em 2010 representam 21,5%.
Os índices levaram a pasta a constatar que o risco de um jovem gay brasileiro ter o HIV é 13 vezes maior que o do restante da população da faixa etária. Ao lado de meninas de 13 e 19 anos e travestis, essa população é a que desperta maior preocupação.
'É preciso colocar em prática estratégias que dialoguem com esses grupos para incentivar a prevenção e reduzir as vulnerabilidades', disse o ministro Alexandre Padilha. Uma das medidas será posta em prática nesta semana: a campanha para lembrar o dia mundial de luta contra a doença, será dirigida aos jovens homossexuais.
Na contramão. O aumento de casos entre jovens gays destoa do que se verifica entre os números gerais. Em 2010, foram registrados no País 34.212 casos novos - pouco menos que os 35.979 de 2009. As mortes também caíram. Em 2010, foram 11.965, ante 12.097 informados em 2009. 'A epidemia está estabilizada', diz o diretor do Departamento de DST-Aids e Hepatites Virais do ministério, Dirceu Greco.
Para explicar a maior vulnerabilidade de jovens gays masculinos, Padilha cita uma tese há tempos usada: essa população teria crescido num período em que a aids já não é mais vista como sentença de morte. Sem ter vivenciado os problemas do início da epidemia, o grupo teria 'relaxado'. Pesquisa de 2010 do ministério já mostrava que jovens gays usavam menos camisinha que a população em geral.
Mas há outros fatores que, na avaliação de integrantes de movimentos sociais, também são preponderantes, como a dificuldade do acesso a ações de prevenção e à testagem do HIV, principalmente por causa da homofobia. 'Há centros que não estão abertos para esse público. Daí a necessidade de estratégias específicas', diz o presidente do Grupo Pela Vidda, Mário Scheffer.
Uma das ações vistas com otimismo pelo ministério é a oferta de testes rápidos para HIV. Um acerto, na avaliação de Scheffer, desde que feita em áreas onde há maior frequência de jovens homossexuais. Para ele, porém, é importante que tal estratégia seja feita por setores de saúde, não por ações de ONGs. 'A testagem pressupõe uma assistência: de esclarecimento antes do teste, de encaminhamento, depois do resultado. Isso tem de ser feito por um profissional', defende.
De acordo com o boletim, a Região Sul concentra a maior taxa de incidência de aids no País, com 28,8 casos por 100 mil habitantes. Em seguida vem a Região Norte e Sudeste, com 20,6 e 17,6. No Centro- Oeste, a taxa foi de 15,7 e no Nordeste, de 12,6.

Açaí Informações sobre o açaí, características, vitaminas, benefícios e propriedades

Açaí 
açaí
Açaí: sucos, doces e até cosméticos
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA
Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Arecales
Família: Arecaceae
Gênero: Euterpe
Espécie: E. oleracea 
INFORMAÇÕES

A árvore que produz o açaí chama-se açaízeiro. É uma espécie de palmeira encontrada no Amazonas, Pará, Maranhão, Acre e Amapá.
O açaí pode ser consumido de diversas formas: sucos, doces, sorvetes e geléias. Atualmente é muito consumido o açaí na tigela, onde a polpa é acompanhada de frutas e até mesmo de outros alimentos. Na região amazônica, a polpa do açaí é muito consumida com farinha de mandioca ou tapioca.
A polpa do açaí é um ótimo energético, sendo que cada 100 gramas possui 250 calorias.
O açaí é uma fruta rica em proteínas, fibras e lipídios.
Encontramos nesta fruta as seguintes vitaminas: vitaminas C, B1 e B2.
O açaí também possui uma boa quantidade de fósforo, ferro e cálcio.
A indústria de cosmésticos nacional e internacional está utilizando o açaí para produzir cremes, shampos e outros produtos de beleza.
As sementes do açaí são utilizadas no artesanato da região norte.
As folhas do açaízeiro são usadas para a produção de produtos trançados (bolsas, redes, sacolas, etc) e, devido sua resistência, serve como cobertura de casas (produção de telhados).

domingo, 27 de novembro de 2011

Diabetes: é preciso cuidar

Alimentar-se de forma inadequada e manter uma vida sedentária são hábitos que a população dos países em desenvolvimento – entre os quais o Brasil – aprendeu rapidamente. Mas o problema vai além dos quilinhos a mais, e as consequências de uma dieta desequilibrada são grandes para a saúde. Uma delas corresponde ao fator de risco para as doenças do sistema circulatório como infartos e derrames: o diabetes mellitus.
Diabetes em crescimento aceleradoSua prevalência tem aumentado em proporções epidêmicas. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerem que aproximadamente 180 milhões de pessoas no mundo apresentam diabetes e, provavelmente, esse número será mais que o dobro em 2030. Os países em desenvolvimento são os que mais apresentam aumento de casos. A possível razão é a maior expectativa de vida da população, além dos maus hábitos alimentares e do sedentarismo. A OMS estima que quase 80% das mortes causadas por diabetes ocorrem em países de baixa e média renda, sendo que a maioria dessas pessoas tem mais de 70 anos.

Açúcar no sangue

O corpo não consegue administrar a glicose de forma adequada, o que aumenta seus níveis no sangue. A partir daí começam os problemas de saúde"
O diabetes mellitus é uma alteração no metabolismo da glicose, causada pela deficiência na produção ou ação da insulina – hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por transformar as moléculas de glicose em energia. "O corpo não consegue administrar a glicose de forma adequada, o que aumenta seus níveis no sangue. A partir daí começam os problemas de saúde", alerta Daniel Lerario, endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Essa é a doença mais comum, considerada epidêmica e pode se apresentar de três maneiras:

Tipo I

A pessoa com esse tipo de diabetes tem de usar insulina para o resto da vida. "Esses indivíduos têm inflamação no pâncreas, daí a deficiência quase absoluta de insulina", explica o médico.

Tipo II

Atinge, em geral, pessoas com mais de 40 anos. A maior parte das pessoas com esse tipo de diabetes tem outros fatores relacionados à doença, como obesidade, sedentarismo e histórico do problema na família. "Nesse caso, é possível tratar com medicação, dieta alimentar e atividade física. E com o passar do tempo, especialmente nos menos aderentes ao tratamento, o uso de insulina pode ser necessário", afirma o dr. Lerario.

Gestacional

Desenvolvida durante a gravidez. Geralmente desaparece depois do nascimento do bebê. Há dois fatores de risco importantes nesse caso: o aumento des controlado de peso durante a gravidez e quando a futura mamãe tem mais de 35 anos.

Mal silencioso

O ideal é não esperar os sintomas surgirem para procurar um médico. Com exames periódicos, é possível diagnosticar o aumento da glicose e iniciar o tratamento precocemente"
Um dos principais problemas do diabetes é que ele pode se desenvolver de forma assintomática – quando os primeiros sinais de alerta começam a aparecer, o quadro já está bem estabelecido. Prova disso é o Censo Nacional sobre a Prevalência do Diabetes do Ministério da Saúde, realizado na década de 1980, que mostrou que 50% dos diabéticos desconheciam o diagnóstico.
"O ideal é não esperar os sintomas surgirem para procurar um médico. Com exames periódicos, é possível diagnosticar o aumento da glicose e iniciar o tratamento precocemente", informa o médico. Casos de diabetes na família são sinais de que o acompanhamento periódico é recomendável, pois o problema pode ser herdado.
Quando associado à obesidade, os riscos para a saúde são ainda maiores. "Hoje, a epidemia de diabetes manifesta-se até entre as crianças, por estarem cada vez mais obesas", explica o dr. Lerario.

Na dose certa

O nível normal de glicose no sangue é abaixo de 100 mg/dl. Nos casos avançados de diabetes, esse índice ultrapassa os 180 mg/dl alguns sintomas podem aparecer. "Antes disso já se considera diabetes, e vários problemas vão sendo causados mesmo que não haja sintomas", ressalta o endocrinologista.
Os principais sintomas são:
  • aumento do volume da urina - ao que chamamos de poliúria
  • aumento do apetite - ao que chamamos de polifagia
  • aumento da sede - ao que chamamos de polidipsia
  • coceiras pelo corpo e, no caso das mulheres, em especial na região vaginal
  • alterações visuais ('vista embaçada')
O dr. Daniel lembra que, caso as taxas de glicose permaneçam altas ao longo de anos, há depósitos do excesso de glicose nos vasos sanguíneos e nervos, que podem ocasionar complicações crônicas do diabetes, como cegueira, distúrbios neurológicos e problemas renais crônicos. "Corre, ainda, risco de gangrena das pernas, o que pode levar até a amputações. E a pessoa fica sujeita a doenças cardiovasculares", comenta o dr. Lerario.
Em alguns casos é possível controlar o diabetes apenas com dieta alimentar e prática de atividades físicas. Mas muitos pacientes precisam de medicação. As boas notícias são que há formas de identificá-la ainda no início e que existem tratamentos cada vez mais avançados, incluindo o exame de monitoração contínua da glicose.

Alternativas para o tratamento

Embora a insulina injetável seja ainda bastante utilizada, os medicamentos evoluíram muito e há outras formas de controlar o diabetes.

Medicamentos orais

Hoje existem mais de dez tipos. Uma opção médica é combinar dois ou mais medicamentos para equilibrar o nível de glicose.

Exame de monitoramento contínuo da glicose

Com esse exame é possível verificar a qualidade do controle do diabetes, estabelecendo claramente os períodos do dia em que o paciente encontra-se descompensado"
O exame é feito com a inserção de um sensor sob a pele. O sensor fica ligado a um monitor que registra, de forma praticamente contínua, os níveis de glicose no sangue. Pode ser utilizado de 24 a 72 horas. A partir desse monitoramento, é desenvolvido um relatório que auxilia o médico na administração de tratamentos. "Com esse exame é possível verificar a qualidade do controle do diabetes, estabelecendo claramente os períodos do dia em que o paciente encontra-se descompensado", explica Simão Lottenberg, endocrinologista do HIAE e responsável pelo exame.

Homem preso por 19 anos injustamente morre no dia em que ganha recurso no STJ

Marco
 
Morreu no Recife, na noite de terça-feira (22), o ex-mecânico Marcos Mariano da Silva, 63 anos. Ele foi, segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), vítima do “maior e mais grave atentado à violação humana já visto na sociedade brasileira”. Como informa o G1.

Preso por engano, Marcos passou 19 anos na cadeia, de onde saiu cego e tuberculoso. Faleceu apenas algumas horas depois de saber que havia ganhado na Justiça – por unanimidade – a causa que movia contra o Governo de Pernambuco. O valor inicial do processo estava avaliado em R$ 2 milhões, mas aproximadamente metade do valor foi pago em 2008. Hoje ele soube que receberia o restante.

“A vitória só não foi mais completa porque ele não chegou a receber o dinheiro. Ele sempre acreditou na justiça que só tornou-se concreta hoje”, afirma o advogado de Marcos, Afonso Bragança. O processo concluído nesta terça – um Agravo de Recurso Especial – dá ganho de causa a Marcos Mariano por danos morais e materiais. O valor definitivo da indenização ainda vai ser calculado. “Com a primeira parte, ele ajudou a família, comprou uma casa. Teve momentos nesses três últimos anos de ter uma vida digna, com condições de ter um mínimo de conforto”, conta o advogado.

O advogado afirma que deu a notícia ao cliente por volta das 15h. Em torno das 16h ele foi tirar o cochilo habitual e não acordou mais. Segundo Bragança, Marcos não estava doente. O corpo ainda está na residência dele, no bairro de Afogados, e ainda será liberado pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO). “Já era esperada essa decisão, é a segunda. O estado recorreu de novo e ganhamos de novo”, explica o advogado. Segundo ele, a parcela de hoje vai requerer “outra guerra. O valor ainda vai ser calculado e deve ser revertido para a esposa dele”, afirma.

Marcos Mariano da Silva foi preso, em 1976, porque tinha o mesmo nome de um homem que cometeu um homicídio – o verdadeiro culpado só apareceu seis anos depois. Posto em liberdade, passou por um novo pesadelo três anos depois: foi parado por uma blitz, quando dirigia um caminhão, e detido pelo policial que o reconheceu. O juiz que analisou a causa o mandou, sem consultar o prontuário, de volta para a prisão por violação de liberdade condicional.

Nos 13 anos em que passou preso, além da tuberculose e cegueira, Marcos foi abandonado pela primeira mulher. A liberdade definitiva só veio durante um mutirão judiciário. O julgamento em primeiro grau demorou quase seis anos. O Tribunal de Justiça de Pernambuco determinou que o governo deveria pagar R$ 2 milhões. O governo recorreu da decisão, mas se propôs a pagar uma pensão vitalícia de R$ 1.200 ao homem. O caso chegou ao STJ em 2006.

Confira lista com 'coisas' bizarras retiradas de pacientes

Na China, médicos retiraram sanguessuga viva da traqueia de jovem.
Na Rússia, cirurgiões encontraram uma planta no pulmão de paciente.

Casos de pessoas que vivem com "corpos estranhos" no organismo são comuns. Mas, na semana passada, uma história impressionante ganhou destaque. Segundo a emissora de TV neozelandesa "3 News", médicos retiraram uma sanguessuga de dez centímetros viva da traqueia do adolescente chinês Tao Jiayuan, de 16 anos. A mãe do jovem pensou que ele estivesse com um resfriado e só o levou ao hospital depois que ele não melhorou. Abaixo, o G1lista esse e outros casos de pessoas que viviam com "coisas bizarras" no corpo.
Médicos retiraram uma sanguessuga da traqueia de adolescente chinês. (Foto: Reprodução/3 News)Médicos retiraram uma sanguessuga da traqueia de adolescente chinês. (Foto: Reprodução/3 News)
Em 2007, a chinesa Jin Guangying descobriu que viveu durante 64 anos com uma bala alojada em sua cabeça. Ela foi ferida por um disparo japonês durante a Segunda Guerra Mundial. (Foto: Reprodução)Em 2007, a chinesa Jin Guangying descobriu que viveu durante 64 anos com uma bala alojada em sua cabeça. Ela foi ferida por um disparo japonês durante a Segunda Guerra Mundial. (Foto: Reprodução)
Também na China, em 2009, He Wenying, de 65 anos, retirou uma projétil que estava alojado em sua mandíbula havia 42 anos. A munição foi retirada durante cirurgia em um hospital de Chongqing. (Foto: Reprodução)Também na China, em 2009, He Wenying, de 65 anos, retirou uma projétil que estava alojado em sua mandíbula havia 42 anos. A munição foi retirada durante cirurgia em um hospital de Chongqing. (Foto: Reprodução)
Em 2009, cirurgiões na Rússia acreditavam que iriam retirar um tumor do pulmão de um paciente de 28 anos. No entanto eles encontraram uma planta - de cerca de 5 centímetros - crescendo no interior do órgão do paciente.  (Foto: Reprodução/Vídeo)Em 2009, cirurgiões na Rússia acreditavam que iriam retirar um tumor do pulmão de um paciente de 28 anos. No entanto eles encontraram uma planta - de cerca de 5 centímetros - crescendo no interior do órgão do paciente. (Foto: Reprodução/Vídeo)
Em 2009, os médicos retiraram um pedaço de plástico de três centímetros do pulmão esquerdo do norte-americano John Manley,  que sofria com crises de tosse. Ele provavelmente inalou o objeto havia dois anos. (Foto: AP)Em 2009, os médicos retiraram um pedaço de plástico de três centímetros do pulmão esquerdo do norte-americano John Manley, que sofria com crises de tosse. Ele provavelmente inalou o objeto havia dois anos. (Foto: AP)
Em 2009, médicos do hospital Kenez Gyula, em Debrecen (Hungria), retiraram uma pedra de 1,125 quilo e 17 centímetros de diâmetro do rim do paciente Sandor Sarkadi. (Foto: MTI,Tibor Olah/AP)Em 2009, médicos do hospital Kenez Gyula, em Debrecen (Hungria), retiraram uma pedra de 1,125 quilo e 17 centímetros de diâmetro do rim do paciente Sandor Sarkadi. (Foto: MTI,Tibor Olah/AP)
Em 2010, médicos retiraram uma agulha de 2,5 centímetros que estava há 20 anos encravada na cabeça da chinesa Zhou Chaozheng. Ela passou por exames após começar a sentir dores de cabeça depois de dar à luz. (Foto: Barcroft Media/Getty Images)Em 2010, médicos retiraram uma agulha de 2,5 centímetros que estava há 20 anos encravada na cabeça da chinesa Zhou Chaozheng. Ela passou por exames após começar a sentir dores de cabeça depois de dar à luz. (Foto: Barcroft Media/Getty Images)

EDUCAÇÃO! Metade dos estudantes de 14 anos tem mais estudo do que as mães.

Essa diferença de nível educacional pode causar problemas dentro de casa: como as mães devem agir quando o filho tem dúvida na lição de casa, mas elas não sabem como responder?


Uma pesquisa mostra que metade dos jovens brasileiros de 14 anos já tem mais estudo que as mães. Essa diferença de nível educacional pode causar problemas dentro de casa: como as mães devem agir quando o filho tem dúvida na lição de casa, mas elas não sabem como responder? 

Lucas Mateus de Souza, de 15 anos, está terminando o 1º ano do Ensino Médio em uma escola estadual da Zona Sul de São Paulo. É bom aluno. “Tenho que ser”, diz o adolescente. Mas estuda todos os dias depois das aulas. Ele ajuda o primo mais novo, Gustavo, principalmente em matemática. “Muitas coisas que a mãe dele não sabe”, explica Lucas. “Não faço nem ideia”, diz a mãe de Gustavo. 

Tanto Lucas quanto Gustavo já estudaram mais que as mães deles. No Brasil, mais da metade dos estudantes de 14 anos atingiram ou passaram a escolaridade das mães. É o que mostra um levantamento exclusivo da ONG Todos Pela Educação e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). 

Os resultados principais comparam o nível educacional dos filhos com o das mães, e não com o dos pais, porque é mais frequente que elas morem com as crianças. “Eu venho sempre com meu livro, pego o livro dele e procuro ajudar. Coisa que a mãe dele não consegue ensinar, tenho que estar procurando ensinar”, diz Lucas. 

A solução familiar veio agora, perto das provas finais. “Ele precisava passar de ano”, diz Lucas. “Não precisava, precisa”, rebate a mãe de Gustavo. 

A pesquisa mostra que, nas escolas públicas, 57% dos alunos de 14 anos têm escolaridade igual ou maior que a das mães. Nas particulares, são só 11%. Todos os alunos de uma sala de aula visitada pelo Fantástico, com cerca de 30 adolescentes entre 14 e 15 anos, já estudaram hoje mais do que as mães deles. Quando perguntados se alguém já teve alguma dificuldade em casa quando precisou fazer a lição, vários levantam as mãos. 

“Já tive dificuldade. Era para fazer uma prova, aí fui procurar orientação da minha mãe. Só que ela não pode me ajudar porque só estudou até a 6ª série. Então, ela me orientou a procurar ajuda do meu irmão. Procurei e ficou tudo certo”, conta Luana Santos, de 15 anos. 

A repórter pergunta se alguém na sala de aula tem mãe que não sabe ler nem escrever. “Eu. É difícil. Quando a gente vai sair, minha mãe não sabe pegar um ônibus. Isso me deixa um pouco envergonhado. Eu gostaria que isso mudasse um dia”, responde Alessandro Dalysson, de 14 anos. 

Tem gente que se diverte com a vantagem que leva em casa. “Eu digo: ‘Ó, mãe! Sei mais que você’”, se diverte Joyce de Almeida Silva, de 14 anos. 

Mas, segundo especialistas, os pais não precisam saber o conteúdo ensinado na escola para ajudar na educação dos filhos. “Muitos pais pensam que a melhor forma de contribuir é corrigir a lição, fazer a lição ou controlar a lição, e isso é um mito. Outras formas de contribuição são até mais importantes, como, por exemplo, trazer para as crianças e para os jovens a ideia da importância da vida escolar e a valorização do conhecimento”, observa Silvia Colello, professora de educação da Universidade de São Paulo (USP). 

Mas os pais também têm suas tarefas: Não vá à escola apenas quando seu filho tem problemas; procure conhecer professores, coordenadores e colegas; frequente reuniões e até festinhas; e ajude seu filho a se organizar e a dedicar um tempo em casa para os estudos. “Ir à biblioteca, ir em exposições, visitar centros culturais, participar de iniciativas da comunidade. Tudo isso complementa o trabalho da escola”, garante Silvia Colello. 

Se não souber responder uma dúvida, oriente a criança a procurar em livros, dicionários e até na internet. A auxiliar de limpeza Lucimar Pereira da Conceição tinha estudado até a 4ª série. Seu filho mais velho está na 5ª, mas desde o começo do ano ela frequenta aulas para adultos. “Voltei a estudar no motivo. Às vezes meus filhos precisam de ajuda e eu não tenho como ajudar, porque eu não sei”, conta Lucimar. 

A dona de casa Vera Lúcia Nunes tem cinco filhos e também voltou para a escola, em Bauru, no interior de São Paulo. Agora, fica de olho no que o mais novo está estudando. “Eu não sabia o que eles estavam escrevendo, porque eles estavam aprendendo na escola. Acompanho, dou bronca, principalmente quando as notas estão baixas”, diz ela. 

A pesquisa mostra um avanço na escolaridade das mães nos últimos anos. Em 2001, mais alunos de 14 anos tinham alcançando as mães nos estudos. Eram 61% contra os 51% de 2009, os dados mais recentes. 

“O Brasil evoluiu nesses últimos dez anos, cresceu dois anos a mais o tempo de escolaridade, o número de anos de escolaridade média da população brasileira. Mas nós temos ainda um grande percentual, principalmente os grotões mais distantes dos grandes centros, nos interiores do Brasil. Crianças que chegam aos 14 anos sabendo muito mais do que os seus pais”, observa Mozart Neves Ramos, conselheiro da ONG Todos Pela Educação. 

A auxiliar de limpeza Lucimar Pereira da Conceição diz que quer uma vida diferente para os filhos. “Eu quero ajudar, quero estudar e conseguir coisa melhor na minha vida para dar um futuro melhor para eles”, afirma ela. 

O adolescente Lucas Mateus de Souza já sabe o que quer do seu. “Eu quero fazer engenharia mecatrônica”, conta ele. “Eu não sabia o que era, não tinha a mínima ideia. Aí fui pesquisar na internet”, explica a mãe do menino, a vendedora Rosângela de Sousa Coelho. Lucas sonha com uma das mais importantes universidades do mundo. “Eu quero fazer faculdade em Harvard”, diz ele. “Eu estou falando que ele quer muito! Ele sonha muito alto”, orgulha-se a mãe.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

TESTE O SEU CÉREBRO ! Em que sentido a dançarina está girando?

dança
Vendo esta figura animada (abaixo) você rapidamente consegue descobrir qual é o sentido em que a dançarina está dirando, correto?
Mas aproxime-se um pouco mais de sua tela, consentre-se nos pés e na sombra da dançarina e veja se consegue perceber a ilusão de óptica.
Ilusao de Óptica Dançarina
Boa essa, não?! Deixem Comentários!

Ela gira para ambas as direções, depende do lado do cérebro que você está trabalhando. Se você esta usando o lado direito(emocional), você verá ela girando em sentido anti-horário. Embora, se o lado cerebral em questão for o esquerdo(racional), ela irá girar em sentido horário. Todos pode ver a dançarina girar em qualquer sentido, basta mudar o foco do seu cérebro antes de observar a animação. Anti-horário: cante uma musica, distraia-se, use a criatividade. Horário: faça um exercício de matemática, pense em um jogo estratégico, coisas lógicas. Outra forma de faz-la mudar o sentido de rotação é observar o movimento ta sombra de seus pés. Observe que uma delas se move de um lado para o outro, e, dependendo do sentido, a sombra passará por trás do pé que não se move(anti-horário), ou pela frente(horário). Tente focar sua visão somente nas sombras, e tente "inverter" o movimento the sombra. A animação fica até mais divertida quando você aprende a alterar o sentido de rotação.

PREVINA-SE! Prisão De Ventre, Causas E Tratamento

prisao-de-ventre

VOCÊ É O QUE VOCÊ COME

Se você sofre de prisão de ventre, talvez a causa seja um problema mais sério do seu aparelho digestivo, mas o mais provável é que o problema seja provocado pelo que você come. Aliás, não é só a prisão de ventre que pode ser causada pela sua alimentação. Hoje em dia, a maioria dos médicos já admite que a má alimentação é causa de uma grande parte das doenças do organismo humano. O princípio do “Você é o que Você Come” é rigorosamente verdadeiro, porque tudo o que você come passa para o seu sangue e o sangue irriga todos os órgãos do seu corpo, sem exceção. Ou seja, tudo de bom (e de ruim) que você põe para dentro do seu organismo, vai fazer parte do seu cérebro, do seu coração, seus pulmões, seu estômago, seu intestino, seus rins, seu fígado, enfim, vai fazer parte de você.
Hipócrates dizia “Faça do alimento o seu principal remédio.” Apesar disso, a triste realidade é que a grande maioria das pessoas se alimenta pessimamente e é por isso que aumenta, a cada dia, o número de hospitais, clínicas médicas e, claro, cemitérios em todo o mundo.

UM MAL TERRIVELMENTE COMUM

Uma quantidade enorme de pessoas sofre com a chamada constipação intestinal em todo o mundo. O incômodo, no entanto, pode ganhar contornos mais graves. O distúrbio afeta 80% da população, independentemente de raça, idade ou sexo. Ou seja: em cada grupo de 100 pessoas, 80 enfrentam o problema. Mesmo assim, é um assunto tratado a portas fechadas ou em sussurros envergonhados ou irônicos. Geralmente, é motivo de piadas. O que define o incômodo não é apenas a quantidade ou a frequência, mas principalmente a qualidade do que é descartado pelo corpo humano. A enfermeira Aline Flor, por exemplo, quase diariamente comparece ao banheiro, mas com dores e muito esforço. Ela apresenta um caso clássico de prisão de ventre. Não só ela. No batalhão de prisioneiros, as mulheres formam o principal contingente. A estimativa médica é de que o dobro de mulheres sofra com o problema de constipação intestinal, em comparação com os homens.
A causa dessa diferença não é meramente cultural, em função do medo ou nojo de frequentar banheiros fora da casa. Há razões fisiológicas e orgânicas para explicar as razões da maioria feminina. A responsabilidade cabe aos hormônios femininos. A oscilação deles durante o período menstrual interfere na absorção de líquidos, provocando a prisão de ventre. Apesar disso, 80% dos fatores que desencadeiam o distúrbio estão relacionados ao estilo de vida, como os hábitos alimentares. Apenas 20% dos casos têm ligação com outras doenças, como o mal de Chagas ou câncer do intestino grosso.. O problema geralmente afeta pessoas que consomem quantidade insuficiente de fibras e de água. O sedentarismo agrava ainda mais a situação. A atividade física ajuda nos movimentos musculares do intestino, o que ajuda na expulsão das fezes.

COMA BEM, EXERCITE-SE E RELAXE

Alimentos como frutas, legumes e verduras são fontes de fibras e micronutrientes. Além desses, os cereais integrais, como arroz integral, centeio, aveia, pão integral, farelo de trigo, sementes de linhaça, entre outros, também são ricos em fibras. Medidas, como o consumo adequado de água, dieta rica em fibras e a prática de atividade física, ajudam a regularizar o funcionamento intestinal..
O aparecimento de hemorroidas é um dos altos preços pagos por quem convive com a constipação intestinal crônica. O relaxamento é um importante aliado para a cura. Pessoas estressadas costumam contrair a musculatura pélvica e sofrem com crises de constipação. O relaxamento do assoalho pélvico contribui para a expulsão das fezes.

O QUE É NORMAL

 Uma evacuação sadia deve ser diária, completa e de forma que sacie a vontade de evacuar. As fezes devem vir bem formadas, sólido-pastosas, marrom claro e com odor suave. É considerado normal até três evacuações por semana. Há, no entanto, uma advertência: deve ser levada em conta a característica das fezes. Se as evacuações são difíceis, insuficientes e com fezes ressecadas, a pessoa certamente sofre de prisão de ventre, mesmo se for ao banheiro diariamente.

EM CRIANÇAS

Nas crianças, o intestino preso pode ter um fundo emocional, como a retirada das fraldas ou a vigilância constante dos adultos quanto ela vai ao banheiro. Quando a criança é maior, por volta dos quatro, cinco anos, uma das causas é a ansiedade. Ela não quer interromper as brincadeiras para ir ao banheiro e retém as fezes. Quando vão, sentem dor. Os pais devem estar atentos, mas sem pressionar.  A especialista, porém, chama atenção para quando o problema é um sinal de doença. Os pais devem procurar ajuda médica quando a criança muda repentinamente o seu hábito intestinal e apresenta um quadro de dor e febre.

MUITA FIBRA

Fibras, fibras e mais fibras; Este é o principal conselho ouvido por quem enfrenta surtos de constipação intestinal. Elas podem ser encontradas em frutas, verduras e grãos integrais. As fibras não são digeridas em nosso organismo e podem ser divididas em dois grupos: solúveis e insolúveis. As do primeiro grupo formam uma espécie de gel no intestino e as do segundo passam intactas. O efeito delas é aumentar o volume das fezes e reter líquido nas mesmas, fazendo com que fiquem mais pastosas e fáceis de eliminar.

NA QUANTIDADE CERTA

Concentração de fibra por 100g de alimento:

  • Alface crespa 1,2
  • Arroz branco 0,3
  • Arroz integral 1,8
  • Banana 2,6
  • Cenoura crua 2,8
  • Ervilha 2,8
  • Farelo de aveia 15,4
  • Farelo de arroz 49,69
  • Farelo de trigo 42,80
  • Feijão 6,4
  • Goiaba (sem casca) 5,4
  • Laranja 2,4
  • Maçã com casca 2,4
  • Maçã (sem casca) 1,3
  • Macarrão integral 2,8
  • Macarrão comum (ovos) 1,1
  • Manga 1,8
  • Tomate 1,2
  • Repolho 2,3
  • Rúcula 1,6
  • Semente de linhaça 33,5